Liberty Seguros acredita que a inteligência artificial é fundamental para toda a cadeia de valor do setor de seguros

A inteligência artificial irá mudar muitos setores, incluindo o segurador, já num processo muito profundo de transformação digital e tecnológica. Esta transição está a abrir grandes oportunidades, a colocar novos desafios e, sobretudo, a obrigar todos os profissionais envolvidos na cadeia de valor dos seguros a aprenderem continuamente e a adaptarem-se a um estado de constante melhoria.

Isso envolve muita formação, sensibilização e colaboração entre seguradoras, mediadores de seguros, reguladores ou a empresa em que a atividade ocorre.

Neste contexto, levantam-se muitas questões. Como é que a inteligência artificial irá transformar a atividade seguradora? E os mediadores de seguros? Terá impacto sobre as pessoas que trabalham no setor? Que benefícios trará aos clientes? Que riscos?

Alexandre Ramos, Diretor Executivo de Tecnologia da Liberty Seguros na Europa, antecipa que a pegada será muito profunda e que o impacto será, acima de tudo, positivo. "As aplicações de inteligência artificial vão aprimorar gradualmente todos os processos de negócios de seguros, melhorar as comunicações com os nossos clientes e gerar eficiência e sinergias", comenta.

Esta maior eficiência irá afetar todos os processos de negócios, desde o design de produtos até o marketing, a experiência do cliente, a gestão de sinistros e uma melhor previsão e proteção contra os riscos. Reduzirá os tempos de resposta ou permitirá que a relação entre segurados e as seguradoras ou os seus mediadores seja muito mais personalizada e cirúrgica.

"A inteligência artificial tem uma imensa capacidade transformadora. Ela dá um grande salto na gestão do conhecimento graças à capacidade de falar na linguagem natural, combinando a análise de grandes quantidades de dados a um ritmo mais rápido", sublinha Alexandre Ramos, que argumenta que "com a formação adequada e uma governação sólida, aplicada com critérios de proteção da privacidade, ética, e colocando as pessoas em primeiro lugar, a IA ajudará a ter um setor mais inteligente e mais eficaz".

A IA na comercialização de seguros

Jesús Núñez, Diretor Executivo de Vendas e Distribuição da Liberty Seguros na Europa destaca, entre as aplicações de inteligência artificial que irão beneficiar a distribuição e comercialização do seguro, as possibilidades que abrem para personalizar tanto a oferta como toda a experiência do cliente. "Temos a oportunidade de identificar a relação que as pessoas têm com os seus fornecedores de seguros", explica, "não apenas num momento específico, mas ao longo das suas vidas."

Jesus Núñez também argumenta que os benefícios da inteligência artificial ajudarão os mediadores de seguros a impulsionar os seus negócios do valor para o segurado: "os corretores de seguros, que têm um grau cada vez maior de digitalização, podem contar com aplicações de IA para questões importantes como atendimento ao cliente, marketing de novos produtos, aconselhamento pró-ativo para os seus clientes, antecipando necessidades, ou eficiência operacional nos seus processos".

Quanto ao seu impacto no emprego, Jesús Núñez sublinha que aqueles que se formam, protegem a qualidade dos seus dados e se equipam com os instrumentos adequados, pelo que não só não destruirão postos de trabalho, como também aumentarão muito mais as suas empresas. No final, segundo Jesús Núñez, "a AI ajudará o mediador a comprar tempo de qualidade para dedicar valor, aconselhamento e atenção mais individualizada aos clientes."